
espera na fila do desemprego; as músicas langorosas do serviço de alto-falante da praça na tarde caindo; cartas de amor amareladas que sumiram junto com a caixa de sapatos onde estavam guardadas; uma fotografia esquecida no bolso da camisa que foi lavada; as pernas de veias azuis da professora; um beijo na boca vermelha da moça maravilhosa que foi embora no convés do Danúbio Azul; amor encostado no muro escuro, cãimbras nas pernas bambas; um reencontro doloroso na rodoviária; aqueles olhos de veludo negro; um estrepe fincado para sempre no coração juvenil; a juventude...
Juvenil de Souza, guarda-livros prático, tem mais Deve que Haver no balanço final que se aproxima.
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