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Tempo de calor

Não sabemos se o calor era menor ou
a gente não sentia. Todos descalços de
calças curtas, contato direto com a água
e o ar, ninguém sentia calor. Os da “rua
de baixo“ nadavam no poço do Matadouro,
onde os bagres se escondiam nas
locas profundas. Ou nadava na Pedra
Escorregosa, água fria e límpida, todos
pelados. Os mais audazes nadavam na
represa do Conde, sujeitos ao perigo do
guarda que rondava dia e noite. Os da
“rua de cima“ iam nadar no córrego das
Pedras ou no bebedouro do pasto das
éguas, também terras do Conde, onde tinha
muita goiaba e éguas de raça. Tinha
uns que nadavam na caixa d´água que
abastecia a cidade. Ninguém sabia o que
era piscina. Os domingos eram ensolarados,
a gente dava pulos e mergulhos
para impressionar. Ali, aprendemos a
nadar o pouco que sabemos. Pena que
não podemos mais nadar pelados na Pedra
Escorregosa, na cachoeirinha, poço
do Matadouro, felizes como sempre são
felizes os jovens gozando a juventude
que não volta mais, nunca mais.

Juvenil de Souza sonha que ...

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